sábado, 29 de outubro de 2011

Se o saber flutua, a Educação tem de aprender a navegar!


Com o advento da escrita, os saberes começaram a serem carregados nos livros.Organizou-se as Enciclopédias, que proporcionava á um pequeno número de homems a totalidade dos saberes.Os professores então, limitavam-se a difundir seus conhecimentos aos alunos.

Hoje, a humanidade se encontra no espaço cibernético.Destotalizado, o saber flutua.

Desse novo lugar de interação humana em rede, notamos uma desterritorialização da biblioteca ,emergente na relação com os saberes e na educação.É uma forma em que muitos constrói uma enciclopédia pra milhares de pessoas poderem usufruir dessa inteligência. A inteligência coletiva é você buscar respostas qualitativas através de uma comunidade virtual com a aprendizagem cooperativa.

Um mundo digital onde as pessoas estão conectadas, e o conhecimento são compartilhados em escala global.

O novo mundo, assim como tudo que é novo espanta o ser humano. Salvo aqueles que já nasceram nesse mundo.Muitas crianças de hoje já sabem perfeitamente utilizar o computador e buscar coisas que lhe interessem. Os jovens não temem o novo mundo. São como peixes e não tem medo d’agua porque nascem dentro dela, não tem medo de tecnologia porque nasceram imersos nela. Eles enxergam esse mundo pela tela do celular, do ipod, do iped, do notbook,do computador, do vídeo game, câmera digital e da tv. E a Internet proporciona a crianças e adultos formas e lugares diferentes de se aprender. Alguns adultos ainda não sabem outros nem querem tentar. Mas nós, como um profissional da Educação não temos como fugir desse conteúdo.

A revolução digital que vem ocorrendo, num mundo onde a tecnologia de massa está se convertendo em um nicho para as empresas que vêem a necessidade de garantir mercado para seus produtos usando a tecnologia da informação. E a internet é a principal ferramenta utilizada par tal fim .Visto que o jovem tem fácil acesso e facilidade de usar a tecnologia e pensando a longo prazo, nos futuros consumidores de seus produtos e serviços.

O ciberespaço tem alterado nossa funções cognitivas humanas da memória, imaginação, percepção e raciocínio.

Nossas inteligências são somadas e compartilhadas por toda a sociedade, resultando numa aprendizagem coletiva, onde estão todos com todos.A mesma mensagem chega á diferentes culturas, sendo interpretada e modificada de diferentes maneiras desencadeando uma mutabilidade cultural.

Outro fenômeno recorrente foi o da formação continuada, onde diferentemente do que vinha acontecendo com a aquisição de um único diploma ou saber que se levava e trabalhva com ele por toda uma vida, hoje nós somos chamados á constantes atualizações e ao aperfeiçoamento de nossos conhecimentos, devido ao dilúvio informacional infinito , que transcende qualquer pessoa ter a totalidade dos saberes como antes, e até á experimentar várias profissões no decorrer de nossas vidas.Assim também, o trabalho passa de uma atividade repetitiva para uma atividade complexa exigindo resoluções criativas de problemas em equipes e gestão das relações humanas.

Estamos na transição da educação formal institucionalizada das escolas e universidades para uma situação generalizada de saberes obtidos através da navegação no ciberespaço.Portanto, é preciso o reconhecimento dos saberes adquiridos fora das instituições, o reconhecimento dos saber autogerido e móvel.

Essa mudança não é apenas incluir os computadores com acesso à rede nas escolas , mas repensar o modo de mediar o conhecimento.Temos como exemplo o E.P.C., aqui na Unicid, que ao nosso ver , contempla o conhecimento prévio dos alunos e ratifica o conhecimeto autogerido na construção do saber, onde colocamos em prática a aprendizagem cooperativa.

Conquanto, para que a educação abarque a cybercultura, é necessária aprender a navegar surfando não só pela pela rede, mas nos conhecimentos prévios dos alunos para a construção dos saberes.

Mudanças requerem novos conhecimentos e com base nas mudanças temos que nos

aperfeiçoar a elas constantemente.

Um Professor como diz a formação deve sempre estar atualizado com diversas coisas.

E buscar formas de aprendizagem que vá muito além da sala de aula, pois é inevitável

não usar conteúdos diferenciados.

E os professores nesse espaço, como ficam?

Passam de difusores do conhecimento para incitadores do intercâmbio dos saberes; para mediadores relacional e simbólicos ; e orientadores personalizados dos percursos de aprendizado, ensinando os alunos a pensarem, ganhando assim os professores, um novo papel:

animador da inteligência coletiva.

(Reflexão de Talita, Rafaela e Patrícia em cima das pesquisas de Pierre Lèvy sobre inteligência coletiva, aprendizagem cooperativa , mutações culturais e em seu texto "Educação e Cybercultura, a nova relação com o saber" e do vídeo "Rafinha 2.0" )

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


O Significado do Mantra Om?
Autor Swami Dayananda Saraswati
Tradução Prof.ª Gloria Arieira

Essa sílaba única, Om, vem dos Vedas. Como uma palavra sânscrita, significa avati raksati - aquilo que lhe protege, lhe abençoa. Como se dá essa proteção? É um mantra e é um nome do Senhor. O nome do Senhor lhe protege através da repetição do próprio nome. Pelo nome você reconhece o Senhor. E, portanto, é reconhecimento em forma de oração. Sendo um mantra, ele é repetido, e, portanto, torna-se uma prece. O Senhor é o protetor e o provedor; aquele que abençoa é o Senhor; o Senhor é na forma de bênção.
Repetido Om, você invoca o Senhor naquela forma específica. Então, dessa maneira, Om lhe protege. Portanto, ele é fiel a seu nome. É o Senhor que lhe protege, e não o som.
Entre o nome e o Senhor há uma ligação (abhidhána abhidheya sambandha).
Um é o nome, o outro é o seu significado. A conexão é que você não pode repetir o nome sem o significado dele, se você o conhece. Uma vez conhecido o significado, este vem para sua mente, assim como a palavra. Portanto, não são duas ações diferentes. Não ocorre primeiro a palavra e depois de algum tempo o significado. Se você conhece o significado quando a palavra aparece na sua mente, no mesmo instante o significado está lá. Isso é possível somente quando ambos estão interligados. Essa conexão é chamada abhidhána abhidheya sambandha.
E, por causa desse sambandha, o nome protege você, e o Senhor também. O Senhor é Um e não-dual. Isso é o que dizem os Vedas.

Om iti idam sarvam yat bhútam yat ca bhavyam bhavisyat iti
O que existia antes, o que existirá depois e o que existe agora.

Tudo isso, sarvam, é realmente Om.
Tudo o que existe é Om
. Tudo o que existiu é Om, e também tudo o que existirá depois, no futuro. Passado, presente e futuro, incluindo o tempo e tudo o que existe no tempo - tudo isso é Om.
Aquele Om é Brahman. Portanto, o Senhor é não-dual, e esse não-dual é Um. A sílaba é também uma e não-dual, significando que tudo está dentro dela. E tudo está dentro de Om. Portanto, é também uma contemplação.
Pois, apesar de Om ser uma sílaba única, nela existe A, U e M. A mais U é O, um ditongo, e mais M é Om. Tem, portanto, três mátras, ou unidades de tempo. A é um mátra, U é outro e M mais outro. Brahman é sarvam (tudo) e também está na forma de três. Brahman em estado causal, como súkshma prapañcha, o mundo sutil, e o sthúla, o mundo físico. O corpo físico é chamado de sthúla, assim como o universo físico. Dentro desse corpo físico existe outro mundo.
É o mundo do nosso prána que mantém este corpo vivo e inclui a mente e os sentidos. É sutil, pois está dentro desse corpo físico, não visível, mas sua presença não se perde. Portanto, o que mantém esse corpo vivo, sem o qual estaria morto, isso é súkhma. Quando sthúla e súkshma estão juntos, então existe vida. Quando súkshma não está presente, esse corpo físico fica inerte. Se Brahman, o Senhor, é tudo, então todo o sthúla prapañcha, o universo físico que inclui todos os corpos físicos, é o Senhor, e também o súkhma prapañcha, o mundo sutil, é o Senhor. Dessa maneira, temos o Senhor nos três níveis: no nível físico, sutil e causal.

Na nossa vida diária também temos três estados distintos de experiência: o acordado, o sonho e o sono profundo. No sono profundo o indivíduo está na forma causal. No sonho você se identifica com o súkshma (sutil), sua própria mente. A mente está acordada e existe uma experiência de sonho e um mundo de sonho. E você ainda identifica-se com o corpo físico e tem então o estado acordado. Então temos três estados de experiência e três mundos. Isso constitui o indivíduo enquanto ser acordado e todo o mundo físico, o ser que sonha e todas as experiências sutis e o causal, no sono profundo. São três e completa tudo o que existe a nível individual e total.
O ser acordado e individual está incluído em Brahman, que é o total. Portanto, o indivíduo acordado e o mundo acordado é Brahman. Seu mundo acordado está incluído no mundo acordado total. Todo aquele mundo acordado está representado por A. E existe uma razão para isso, falada nos Shástras (Escrituras).
A é a primeira letra (ou som) que é pronunciada quando se abre a boca, e, da mesma maneira, M é a última, quando se fecha a boca. U está entre os dois. A representa o acordado, do qual depende U. A torna-se U quando os lábios se fazem arredondados. U representa todo o súkshma prapañcha (mundo sutil), e M representa todo o mundo causal, pois tudo se dissolve em M. Depois de fechar os lábios, de dizer M, você não pode dizer mais nada. A e U terminam em M, assim como no sono profundo os mundos físicos e sutil dissolvem-se. Portanto, A-U-M, Om e quando se pronuncia Om, tudo se dissolve em M. E, depois, tudo retorna, Om. A origem do retorno não é em M, mas sim no silêncio. A e U dissolvem-se em M, e em seguida o Om nasce do silêncio. Então, A-U entram em M, e M entra no silêncio. O silêncio não é A, nem U e nem M, mas está também incluído em Om. Ele é chamado de amátra.
O silêncio que existe entre dois Om's é Brahman, em sua forma essencial, do qual depende Aum - Jágat, o estado acordado; Swapna, o sonho; Susupti, o sono profundo; o Sthúla prapañcha, o mundo acordado; Súkshma prapañcha, o mundo de sonho; e o Karana avasthá, o estado causal.

Todos os três dependem do silêncio, que é Brahman, que é Chaitanya, consciência, Átman, Brahman. E é aquele mesmo que está nesses três. Portanto, todos os três vêm Dele, são sustentados por Ele e retornam para Ele mesmo. Aquele é Brahman. Portanto, Om iti idam sarvam: o Om é tudo. É uma sílaba e, ao mesmo tempo, contém tudo. É não-dual. Então, o Senhor é tudo. Todas as formas na criação são formas do Senhor. E todas as formas têm um nome. Imaginemos que queiramos dar um nome ao Senhor. Que nome deveria ser? Todos os nomes são nomes do Senhor. Então, qual nome que poderíamos dar? Quando digo cadeira, não é mesa; são diferentes. Suponhamos que cadeira é Brahman, e que mesa também seja Brahman. Então, qual o nome que daria ao Senhor? Deveria dar todos os nomes. Então, todos os nomes em qual língua?
O Senhor é Um. Apesar de seu nome ter que incluir todos os nomes, ainda assim existe um nome de sílaba única que podemos dar a Ele. Este é Om. Em qualquer língua, todos os nomes estão somente entre dois sons. Isto dentro do ponto de vista puramente fonético. Se você abre a sua boca e faz um som, este é A. Não existe outro som que possa ser feito. Um indiano, um chinês, um norueguês, ou até mesmo uma pessoa de alguma tribo, todos dirão A. Então, feche sua boca e faça um som. Você terá MM. Tente fazer outro som depois de fechar a boca! Portanto, Am. Todas as palavras, em todas as línguas, estão entre A e M. Entre essas estão muitas letras que tem de ser levadas em conta. Todas as outras letras estão representadas por o que você produz quando arredonda os lábios e diz A. Você terá U. Junte A e U (em sânscrito) e você terá O; adicione M e terá Om. Todos os nomes, em todas as línguas, conhecidos e desconhecidos, estão incluídos entre A e M.
Om iti idam sarvam. Portanto, Om é tudo e Om é também um nome fonético para o Senhor. Om não faz parte de uma língua específica. É fonético, além de qualquer língua. Portanto, Om é o nome para Brahman que inclui o silêncio também, o nirguna (sem forma) e o turíya (o quarto estado da consciência, que é a pura consciência). Aum é o turiya. Portanto, Om é considerado o mais sagrado e básico entre todos os nomes do Senhor. Você pode fazer o japa de Om ou contemplar o Om.
Om é o mantra do sannyási. Produz tyága vritti, uma tendência a abandonar tudo. É por isso que geralmente as pessoas não cantam somente Om. Sannyásins têm que cantar Om para não se envolverem. Outros não são incentivados a cantar para que não larguem tudo. Geralmente, cantamos Om no início e no final de qualquer coisa.
Om representa um início auspicioso.