segunda-feira, 30 de abril de 2012

Evolução da Consciência


Sri Aurobindo afirma que a evolução é um progressivo desvelar da Consciência. Este desvelar inicia com a aparente inconsciência da matéria, passando pela consciência interiorizada do reino vegetal, alcançando a consciência já exteriorizada no reino animal, até chegar à consciência mental mais plena no homem. Mas a evolução não terminaria aí. O próximo passo nessa escala ascendente de graus de consciência seria a manifestação de um novo estágio de consciência, chamado por ele de Supramente.
 Nesse próximo nível o homem estaria próximo do estado de Perfeição Divina. A transição da consciência desde o estágio de inconsciência, subconsciência até o estágio mental, teria sido conduzida pela Natureza através de processos de tentativa e erro, segundo esta direção predeterminada. A transição da consciência mental até o estágio supramental estaria, da mesma forma, sendo preparada pela Natureza através dos processos naturais da vida no ser humano. Nessa perspectiva o Yoga é somente uma participação ativa nesses processos da Natureza visando acelerar essa transição.
Sri Aurobindo diz que “a vida toda é um Yoga da Natureza buscando manifestar Deus em si mesma”
e “o yoga é uma participação consciente do indivíduo no propósito da Natureza”.
(casasriaurobindo.com.br/)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A   FINALIDADE  DA  VIDA  HUMANA     É  A    CRIAÇÃO  DA  CONSCIÊNCIA - 

Ao aproximar-se do fim da sua vida, Jung fez a afirmação que expressa explicitamente sua conclusão acerca da finalidade geral do sentido da vida humana:

"A tarefa do homem é(...) conscientizar-se dos conteúdos que pressionam para cima,vindos do inconsciente.
Ele não deve persistir em sua inconsciência, nem tampouco permanecer idêntico aos elementos inconscientes de seu ser, assim se esquivando ao seu destino, que é o de criar cada vez mais consciência. Tanto quanto podemos discernir a finalidade única da existência humana é a de avivar uma chama na escuridão do simples ser. Pode se até presumir que, assim como o inconsciente nos afeta, ao aumento de nossa consciência afeta o inconsciente." (C.G.Jung,Memories, Dreams,Reflections, p.326)

 No nível coletivo, a consciência é o nome de um novo valor supremo a nascer no homem moderno.A busca da consciência, a "com- ciência" , une os objetivos das duas etapas anteriores da história ocidental, quais sejam, a religião e a ciÊncia.A religião(que significa "religação) tem como finalidade essencial a manutenção do vínculo entre o homem e Deus.Isso corresponde a Eros, o princípio de ligação , e ao fator "estar com " da consciência enquanto "conhecer bem". A ciência, por outro lado, desistiu ousadamente da ligação com o outro e optou, em vez disso, pela busca de um aumento do conhecimento humano.Se a religiãoé orientada para o Eu , a ciÊncia é orientada para o ego.A religião baseia-se em Eros e a ciência, no Logos.A era que agora começa a florescer proporcionará uma síntese para essa tese e essa antítese.A religião buscava a vinculação, e a ciência buscava o conhecimento.
A nova visão de mundo buscará o CONHECIMENTO VINCULADO.
(Edward F.Edinger, A CRIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, p.54-55)
 O yoga na educação resgatará a tecnologia da formação humana
Krishnamurti, citado por Crema (1988), avalia bem o estado atual da sociedade conduzida por esse paradigma: "Temos o progresso técnico, sem um progresso psicológico equivalente, e por esse motivo há um estado de desequilíbrio; têm-se realizado extraordinárias conquistas científicas e, no entanto, continua a existir o sofrimento humano, continuam a existir corações vazios e mentes vazias. A maioria das técnicas que aprendemos se relacionam com a construção de aeronaves, com os meios de nos matarmos uns aos outros. (...) Um coração vazio mais uma mente técnica não faz um ente humano criador; e como perdemos aquele estado criador, produzimos um mundo extremamente desditoso, talado por guerras, dilacerado por distinções de classes e de raças. Cabe-nos, pois, a responsabilidade de operar uma transformação radical em nós mesmos."

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mestres da Educação:Friedrich Froebel

(1782-1852)
 Reformador educacional de primeira grandeza, professor universitário, com experiência em trabalhos práticos, enfatizou a importância da criança, destacando suas atividades estimuladas e dirigidas.

A mais luminosa idéia com que Frobel contribuiu para a Pedagogia moderna foi a de que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente receptivo. O homem pe uma força auto-geradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior.
O objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele. A criança não deve ser iniciada em nenhum novo assunto enquanto não estiver madura para ele.


Froebel também defendeu o desenvolvimento genético, destacando a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases do crescimento
Para ele, o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes fases: a infância, a meninice, a puberdade, a mocidade e a maturidade, todas igualmente importantes.

      A infância é o período em que a criança deve ser protegida pelos pais, porque ela é dependente. As atividades motoras e os sentidos são muito importantes nesse momento da vida.
      Em 1837, surge o Kindergarten (Jardim de Infância), onde as crianças eram consideradas plantinhas de um jardim, cujo jardineiro seria o professor.

 A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida. 
O gesto, o canto e a linguagem são as formas de expressão de sentimentos e idéias apropriadas à educação infantil.
A história contada pela professora, por exemplo, deve ser expressa pela criança “não somente na sua própria linguagem, mas por meios de canções, representações, figuras ou construção de objetos simples com papel, barro ou outro material adequado. Deste modo as idéias são olhos treinados, os músculos coordenados, e a natureza moral fortalecida pelo esforço para realizar, em forma concreta e objetiva, os motivos superiores e os sentimentos despertados”

      Froebel foi o primeiro educador a utilizar o brinquedo, como atividade, nas escolas; as atividades e os desenhos que envolvem movimento e os ritmos eram muito importantes. Para a criança passar a se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo.
      Os blocos de construção, chamados de materiais específicos, eram usados pelas crianças nas suas atividades criadoras. Se trabalhava com outros tipos de materiais, como: papel, papelão, argila e serragem.
      Froebel idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem, dando o nome de "dons" porque Deus oferecia para que as necessidades infantis fossem bem desenvolvidas.

 Os chamados "dons" eram a bola, o cubo e o cilindro.
 Os blocos eram utilizados em uma medida bem restrita, enquanto as demais atividades eram mais livres.
      No período da meninice - dos seis ou sete anos aos nove ou dez anos - a instrução e a preparação para a firmeza da vontade eram valorizadas. As atividades construtivas eram bem variadas e cada menino cuidava do seu próprio jardim, passando para atividades comunitárias com dois ou mais meninos.
      Nesta fase, os brinquedos possuem uma característica mais intencional porque contribui para a formação das qualidades morais.

 As histórias, os mitos, as lendas, os contos de fadas e as fábulas tinham um enorme valor para Froebel.
      Enquanto os brinquedos físicos davam força e poder ao corpo, as histórias desenvolviam o poder da mente. 

As excursões a montanhas e vales eram semanais na escola de Froebel. Na sua opinião, a natureza tinha um enorme poder para auxiliar o menino a compreender a si mesmo e aos outros.
      Froebel, valorizava a família, tanto quanto Pestalozzi, abrangendo a função familiar aos planos biológico, social, religioso e educacional.
      Foi o primeiro educador a captar o significado da família nas relações humanas.
      Ele observava muito a maneira de agir das crianças e chegou a conclusão que elas se valiam de símbolos na hora de brincar.
      Exemplo: Um taquinho de madeira podia ser um determinado animal, ou até mesmo, uma boneca. Baseando-se nisso, Froebel sentia uma atração especial pelo simbolismo.
      Falando de Froebel, observamos que:

           * A educação baseia-se na evolução natural das atividades da criança;

           * As atividades espontâneas adquirem um desenvolvimento verdadeiro;

           * Na educação infantil o brinquedo é fundamental;

           * Para conseguir integrar o crescimento de todos os poderes: físico, mental e social, Froebel, variou nas atividades construtivistas;

           * A atividade construtivista pode causar uma grande harmonia e espontaneidade no controle social;

           * Os currículos das escolas devem estar baseados nas atividades e interesses desde o nascimento e em cada fase da vida infantil;

           * A humanidade ainda está em processo de desenvolvimento, e a educação ainda é a melhor solução para um futuro melhor;

           * O futuro desenvolvimento da raça depende exclusivamente da educação das mulheres;

           * O saber não resume-se em um fim em si mesmo, mas funciona relacionado com as atividades do organismo.


Froebel em seu livro A educação do homem inicia sua explicação de como se dá o desenvolvimento humano, em especial o infantil, afirmando que Deus é o princípio de tudo e que a vida do homem deve buscar harmonizar-se com sua divindade e com todas as outras criações divinas. O divino presente em cada coisa que existe sobre a terra revela sua essência. O homem deve procurar esta essência divina no interior de si mesmo para então cultivá-la e exteriorizá-la em suas criações. Jesus é para Froebel um exemplo da luta espiritual que devemos travar em busca de nossa perfeição e da nossa união com Deus e a Natureza. Esta lei eterna e divina, à qual Froebel se refere, guia o desenvolvimento de todos os seres na Terra. Apesar das particularidades que envolvem o desenvolvimento dos seres e os fenômenos da Natureza, nós podemos, por meio do acompanhamento desse processo, compreender como se dá o desenvolvimento humano.

Por isso encontraremos em toda a obra de Froebel a constante comparação do desenvolvimento da criança com o das sementes; a criança para Froebel é como uma semente a ser cultivada e, conseqüentemente, o educador alemão procurará a harmonização do homem com a Natureza desde a mais tenra idade. Para Froebel o princípio a partir do qual todos os homens seriam iguais se encontrava na relação entre infância e Natureza. Somente conhecendo as relações entre infância, Natureza e Deus é que poderíamos presentear cada indivíduo com o autoconhecimento e a aceitação de seu lugar em nossa sociedade. Como conseqüência desse processo teríamos uma sociedade melhor. Esta relação entre Deus, Natureza e Humanidade era representada por Froebel (1887) por meio de um triângulo. Os três elementos dessa tríade seriam inseparáveis uns dos outros. Essa tríade formaria o que Froebel denominava "unidade vital", na qual a educação deveria estar alicerçada para poder conduzir o indivíduo ao desenvolvimento pleno. Dentro do princípio da "unidade vital" os processos de interiorização e exteriorização seriam fundamentais, pois levariam à clarificação da consciência ao autoconhecimento, ou seja, à educação. A formação e o desenvolvimento ocorrem graças ao que o homem recebe do mundo exterior, mas só se efetivam de modo eficaz quando se sabe, por assim dizer, tocar no seu mundo interior. Este processo chamado de interiorização consiste no recebimento de conhecimentos do mundo exterior, que passam para o interior, seguindo sempre uma seqüência que deve caminhar do mais simples ao composto, do concreto para o abstrato, do conhecido para o desconhecido. A atividade e a reflexão são os instrumentos de mediação desse processo não-diretivo, o que garante que os conhecimentos brotem, sejam descobertos pela criança da forma mais natural possível. O processo contrário a este é chamado de exteriorização, no qual a criança exterioriza o seu interior. Para que isso ocorra, a criança necessita trabalhar em coisas concretas como a arte e o jogo, excelentes fontes de exteriorização. Uma vez exteriorizado seu interior, a criança passa a ter autoconsciência do seu ser, passa a conhecer-se melhor: é assim que a educação acontece. 
 Para Froebel a educação deveria estar alicerçada na "unidade vital" (Homem, Deus e Natureza) e os processos de exteriorização e interiorização deveriam nortear qualquer metodologia que viesse a ser utilizada com as crianças.
 Estes processos de exteriorização e interiorização precisam da ação para mediá-los, necessitam de vida e atividade, não de palavras e conceitos. Froebel via na exteriorização e na interiorização a concretização de algo natural na criança, devendo o educador estar sempre atento a esses dois processos, pois toda a atividade externa da criança é fruto de sua atividade interna.

Fröebel afirma em sua obra A educação do homem (1826) que "a educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana autoconsciente, com todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, originariamente se elevara acima do plano animal e continuara a se desenvolver até a sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal".
Esse conceito de parte-todo foi um dos mais bem desenvolvidos por Fröbel. Cada objeto é parte de algo mais geral e é também uma unidade, se for considerado em relação a si mesmo. No campo das relações humanas, o indivíduo é, para ele, uma unidade, quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação com o todo, isto é, incorpora-se a outros homens para atingir certos objetivos.


 

terça-feira, 3 de abril de 2012


Algumas escolas estão a aplicar técnicas de meditação nas suas aulas, tal é o exemplo de uma escola de Vancouver que inicia as manhãs com um exercício de respiração meditativa - "Técnicas simples de meditação, estão a ajudar as crianças a conectarem-se a si próprias para conseguirem prestar melhor atenção e tornarem-se mais amáveis, afirma o neurocientista Richard Davidson"